Pesquisar este blog

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Honra e resignação


Hoje, um dia chuvoso de agosto, celebramos o sétimo dia de falecimento do pai de minha noiva o sr. João Barbosa de Morais. Homem de poucas palavras, sistemático e cumpridor dos seus deveres. Convivi com ele pouco tempo, aproximadamente três anos, mas o suficiente para admirá-lo pelas virtudes que levou consigo até o fim de sua vida. Não pretendo aqui eleva-lo à perfeição, afinal como todos nós ele tinha suas limitações, pretendo expor o que me impressionou sobremaneira em sua pessoa; a forma como lidou com a doença.
Muitos de nós na situação em que ele se encontrava poderiam facilmente perder a fé reclamando de sua má sorte, entretanto, a resignação com os desígnios do Senhor fizerem dos momentos que passei com ele um aprendizado único. Nem a dor nem as limitações fizeram com que ele perdesse a paciência ou a esperança, ainda que em alguns momentos ele preferisse ficar sozinho em silêncio sem ser incomodado, penso que com isso ele queria poupar sua família de mais sofrimentos.
Pude também antes disso trabalhar com ele e constatar a seriedade e a honradez com a qual dirigia suas tarefas. Numa época na qual muitos fogem de suas responsabilidades era reconfortante ver nele um exemplar mineiro clássico, íntegro e correto em suas atividades.
Por fim falo de algo que a princípio me envergonhou: a fortaleza de sua fé e sua perseverança na oração, as mais simples, mas em compensação as mais sinceras e devotas de quem acredita na presença de Deus em sua vida e nutre amor filial à Mãe Aparecida. Nossos tempos precisam mais disso, menos instrução e mais sabedoria, menos autossuficiência e mais fé, por isso, agradeço a Nosso Senhor o privilégio de ter me concedido conviver com o sr. João Barbosa e ajuda-lo um pouco quando ele precisou. Peço agora que Deus conforte os seus e lhe receba na Glória, premiando-o com a Vida Eterna em Vossa presença.
Lino Batista
Belo Horizonte, 16 de agosto de 2012