Quando se fala de ciência no quotidiano ou mesmo
entre a comunidade acadêmica percebemos que as pessoas a associam com teorias e
leis infalíveis, a respostas satisfatórias e únicas para a realidade.
Certamente a ciência é um saber rigoroso e necessário nas inovações
tecnológicas, no entanto, não é o único e infalível. Ao contrário do que grande
parte de pesquisadores e leigos pensam a ciência não segue um padrão
pré-determinado de evolução e acúmulo de conhecimentos. Thomas Kuhn, por
exemplo, defende a tese de que a ciência caminha através de revoluções de
quebras de paradigmas, ou seja, se afirma em meio a tensões.
O conceito de paradigma, que é essencial para uma
crítica da ciência tem um significado bem definido, são:
[...] realizações científicas
universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e
soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência. (KUHN, Thomas S. A
estrutura das revoluções científicas. tradução. Beatriz V. Boeira; Nelson
Boeira. Perspectiva: São Paulo, 1975.)
A partir de um paradigma questões
metodológicas-experimentais são propostas e com isso a ciência normal se
edifica dentro desse “limite” imposto pelo paradigma, aquele que não se adequa
a ele deve trabalhar isoladamente. Antes de se consolidar o paradigma há um
período pré-paradigmático, onde teorias parciais e particulares se confrontam,
sendo importante dizer que tais teorias são influenciadas por crenças
metodológicas, ao contrário do que pensa a comunidade científica que prega sua
neutralidade.