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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Uma nova concepção de ciência: (breve análise a partir de T. Kuhn)

Quando se fala de ciência no quotidiano ou mesmo entre a comunidade acadêmica percebemos que as pessoas a associam com teorias e leis infalíveis, a respostas satisfatórias e únicas para a realidade. Certamente a ciência é um saber rigoroso e necessário nas inovações tecnológicas, no entanto, não é o único e infalível. Ao contrário do que grande parte de pesquisadores e leigos pensam a ciência não segue um padrão pré-determinado de evolução e acúmulo de conhecimentos. Thomas Kuhn, por exemplo, defende a tese de que a ciência caminha através de revoluções de quebras de paradigmas, ou seja, se afirma em meio a tensões.
O conceito de paradigma, que é essencial para uma crítica da ciência tem um significado bem definido, são:

[...] realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência. (KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. tradução. Beatriz V. Boeira; Nelson Boeira. Perspectiva: São Paulo, 1975.)

A partir de um paradigma questões metodológicas-experimentais são propostas e com isso a ciência normal se edifica dentro desse “limite” imposto pelo paradigma, aquele que não se adequa a ele deve trabalhar isoladamente. Antes de se consolidar o paradigma há um período pré-paradigmático, onde teorias parciais e particulares se confrontam, sendo importante dizer que tais teorias são influenciadas por crenças metodológicas, ao contrário do que pensa a comunidade científica que prega sua neutralidade.