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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Introdução ao estudo da Idade Média

“Primeiro, porque nenhum corpo move sem ser movido, como claramente se induz dos casos singulares.” p.83.
Adivinhe quem escreveu este trecho:
( ) Isaac Newton
( ) Galileu
( ) Einstein
( ) Stephen Hawking
( ) Darwin
( ) Richard Dawkins
( ) S. Tomás de Aquino
Acerta quem marcou a última opção.
Aos pouquinhos vamos desmascarando a mentira descabida de que a “Idade Média” foi a Idade das Trevas. Além disso, poderíamos também pensar em outro nome para batizar este período dado o sentido pejorativo que deu origem ao termo Idade Média. Que tal mudarmos para Idade do Juízo ou Idade da Plenitude, afinal nessa época se respeitava a Lei de Deus e esta, ainda que não praticada por todos e muitas vezes burlada, figurava como baluarte público de decência.
Em tempo - o trecho inicial é retirado de:
Tomas, de Aquino, Santo. Suma teologica: 1ª parte - questoes 1-13: da essencia de Deus. Sao Paulo: Faculdade de Filosofia "Sedes Sapientiae", 1944. 419 p. V. 1.

sábado, 20 de agosto de 2011

“Igreja Normalista”

Outro dia tentando assistir um programa ao menos razoável na TV, por exemplo, um telejornal menos esquerdista, passei por um canal onde uma jovem se encontrava num confessionário. A cena não passava de uma sátira e a suposta confissão desta jovem era atendida por um “padre” da também suposta igreja “Normalista” [1]. Tal confissão é evidentemente uma paródia da Igreja Católica, sendo que ao confessar sua traição ao marido a jovem tanto não é dissuadida pelo “padre” como é incentivada por este que para sinalizar o vanguardismo da tal igreja a beija no final. O próprio nome da igreja é muito sugestivo nesse sentido, “igreja Normalista”, onde tudo é normal, onde tudo é permitido e aceitável, onde as pessoas não devem, como fica entendido na cena, se confessar afinal o pecado não existe é apenas uma construção social...

O mais triste nisso tudo é que há um fundo muito forte de verdade na paródia já que muitos padres católicos dão motivos para essa crítica. Extremamente relativistas já não atendem confissões e quando o fazem simplesmente dizem que pecar é a coisa mais normal do mundo não nos devemos preocupar com isso. O que é realmente preocupante é que uma sátira desse teor tenha correspondentes na realidade, o que torna muito difícil combater esse tipo de ataque à Igreja de Cristo.

“Até quando, Senhor,

triunfarão os ímpios?

Até quando se desmandarão em discursos arrogantes,

E jactanciosos estarão esses obreiros do mal?”

(Sl 93, 3-4)



[1] - Refiro-me aqui estritamente ao nome dado pelo programa em questão e não a uma igreja Normalista real da qual desconheço a existência.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pensamento avulso IV

As utopias, modernas, diga-se de passagem, nada mais são do que os frutos da própria ideia moderna de objetivação do mundo pelo homem, o que leva Marx a dizer que não cabe ao filósofo somente a tarefa de compreender o mundo, mas modificá-lo. Tal modificação não é simplesmente no sentido mais restrito do horizonte ético imediato, mas o de fortalecimento ou engajamento na Revolução. O ideal moderno é imodesto e pretensioso não pretendendo transformar somente a ação humana, mas toda a realidade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Acerca da crise moral (cont.)

Por isso, só tem sentido se preservar valores cristãos se, se preserva o cristianismo que os plenifica. Dessa forma ao se desconsiderar Deus e seus mandamentos se enfraquece a proposta de ação e, portanto, a ética que lhe é subjacente. Toda ética ou sistema ético como nos comprova a história da filosofia está inserida num conjunto mais amplo que a fundamenta, metafísica, teoria do conhecimento, estética associadas à ética formam este conjunto. Isso configura uma visão da realidade, uma compreensão de mundo que possibilita determinada ética. A ação (práxis) de um cristão não foge a esta regra, pois ao agir livremente de acordo com os valores propostos por sua fé e conseguinte moral, o cristão cumpre preceitos advindos de uma visão teocêntrica, ou seja, Deus fundamento e fim último do seu próprio ser deve ser alcançado pela fé e obras piedosas. O valor de uma ação não se limita assim ao que é agradável ao sujeito, ela está ordenada a Deus que legitima a intenção e a ação.
Sabendo disso vemos a fragilidade em se tentar recuperar valores sem se recuperar junto a estrutura que a sustenta e lhe pressupõe. Em uma próxima postagem detalharei com exemplos como não tem dado certo as iniciativas que visam retomar os valores perdidos sem a correspondente visão de mundo e de humanidade.

sábado, 6 de agosto de 2011

Acerca da crise moral

A maior parte dos valores que herdamos dos nossos antepassados é herança cristã, no que tange aos valores essenciais são todos de origem cristã. Numa época onde se acentuam as crises, econômicas, políticas, etc., grande parte de natureza moral, muitas pessoas reclamam o retorno ou preservação desses valores, entretanto, querem prescindir de seu caráter cristão ou na impossibilidade disso minimizar até onde for possível a influência cristã, mais precisamente do catolicismo, manifestação verdadeira da mensagem de Cristo. No entanto, esta pretensão não se sustenta, é como se quisesse construir um belo telhado sem nada que o sustente. As mais belas ações cristãs, no caso o telhado que se quer manter, tem por sustento uma compreensão da realidade também cristã, uma ordenação que se baseia no mandamento: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13, 34.). Como vemos não é qualquer “amor” é o amor que teve o próprio Cristo, autêntico exemplo de doação e serviço, sem pieguice, sem “bom mocismo”.
(cont.)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pensamento avulso III

Sobre o fim do ensino da gramática:

Quando o nível de ignorância de uma nação chega a tal ponto, a situação torna-se mais que preocupante, torna-se patológica. Confundir-se um instrumento de possibilidades com uma algema beira a loucura, loucura de não distinguir bem as coisas, o real do irreal, o certo do errado... (pretendo seguir a reflexão num texto mais detalhado).