Em
verdade vos digo: entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João
Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. (S. Mateus
11,11)
No último dia 24 de junho
comemoramos a festa do único homem que mereceu ouvir as palavras acima
diretamente da boca de Nosso Senhor Jesus Cristo: São João Batista. Além disso,
o último dos profetas, a “voz que clama no deserto” era parente de Jesus Cristo
e ainda no ventre materno deu seu testemunho da salvação que se aproximava. As
sagradas escrituras nos dão testemunho da importância desse grande santo, sim
santo, pois que obediente a tal ponto de ter sofrido o martírio por sua
pregação da Verdade, sendo exemplo acabado do cumprimento dos mandamentos
evangélicos.
Outro ponto importante a se
destacar na vida de S. João Batista foi a sua missão como aquele que deveria
preparar a vinda de Nosso Senhor por meio da pregação, da penitência e do
batismo, que viria a ser aperfeiçoado e transformado em sacramento por Jesus
Cristo, que lhe deu a forma antes de ascender aos céus. Diante esse quadro não
é exagero dizer que “sem João, sem Cristo”, pois assim mesmo quis a Santíssima
Trindade que por Sua vontade tem o ser humano como causa segunda através da
qual age no mundo. E não pequena foi a ação de S. João Batista como precursor
do Verbo Encarnado.
Partindo dessas
considerações não há como não se indignar com a anedota maliciosa que
transformou a festa de são João em festa de “sem João”. Malícia essa fruto do
ódio ao uso católico de reverenciar a memória daqueles que o próprio Deus
escolheu e que como diz a própria Escritura, fizeram coisas ainda maiores do
que o próprio Nosso Senhor, pois recorreram ao Seu santo nome. Se não querem
reconhecer essa realidade que ao menos não depreciem a memória do “maior entre
os filhos das mulheres”.
Outro problema, que dá
margem a essa visão maliciosa, advém dos próprios católicos que dão mau exemplo
e depõem contra a memória do santo, apesar de utilizarem outro expediente, a
saber, mundanizando e transformando a festa de S. João num ritual pagão.
Esquecem-se que S. João foi mártir da pureza ao defender a honra do matrimônio,
pureza essa escarnecida pelas músicas extremamente sensuais e apelativas que
predominam em muitos festivais Brasil afora.
Para romper com essas duas
práticas, uma puritana e pretenciosa e outra licenciosa e irreverente devemos
buscar viver um S. João com festas dignamente católicas sem esquecer que o
santo antes de tudo era um penitente que foi se apagando para que Cristo
aparecesse. Eis sua virtude que faz com que ele hoje seja lembrado. Que como S.
João Batista também nos apaguemos para que o nome de Cristo seja exaltado!
Viva São João!