Em busca de sabedoria em tempos de relativismo professo. Talvez um pouco de classicismo seja necessário, um retorno aos paradigmas perdidos... Procuro dessa forma momentos de lucidez para além de razões e desrazões extremadas. Neste blog coloco à vossa disposição textos de minha autoria nos quais como católico apostólico romano busco alcançar sabedoria verdadeira. Com a graça de Deus poderei combater o bom combate contra a mentira que reina quase absoluta hodiernamente. ¡VIVA CRISTO REY!
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Pensamento avulso VII
domingo, 20 de novembro de 2011
Breve exposição sobre o dualismo moderno e a posição tomista (parte 1)
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Pensamento avulso VI
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Pensamento avulso V
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
Visões de mundo e ação: resposta a uma amiga
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
O poder do marketing
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Sobre Razão e Fé
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
O conceito de lei em Tomás de Aquino
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A covardia do terror
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Base aliada ou base conluiada
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Projetos
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sobre Economia e Ética: abordagem inicial
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Introdução ao estudo da Idade Média
sábado, 20 de agosto de 2011
“Igreja Normalista”
Outro dia tentando assistir um programa ao menos razoável na TV, por exemplo, um telejornal menos esquerdista, passei por um canal onde uma jovem se encontrava num confessionário. A cena não passava de uma sátira e a suposta confissão desta jovem era atendida por um “padre” da também suposta igreja “Normalista” [1]. Tal confissão é evidentemente uma paródia da Igreja Católica, sendo que ao confessar sua traição ao marido a jovem tanto não é dissuadida pelo “padre” como é incentivada por este que para sinalizar o vanguardismo da tal igreja a beija no final. O próprio nome da igreja é muito sugestivo nesse sentido, “igreja Normalista”, onde tudo é normal, onde tudo é permitido e aceitável, onde as pessoas não devem, como fica entendido na cena, se confessar afinal o pecado não existe é apenas uma construção social...
O mais triste nisso tudo é que há um fundo muito forte de verdade na paródia já que muitos padres católicos dão motivos para essa crítica. Extremamente relativistas já não atendem confissões e quando o fazem simplesmente dizem que pecar é a coisa mais normal do mundo não nos devemos preocupar com isso. O que é realmente preocupante é que uma sátira desse teor tenha correspondentes na realidade, o que torna muito difícil combater esse tipo de ataque à Igreja de Cristo.
“Até quando, Senhor,
triunfarão os ímpios?
Até quando se desmandarão em discursos arrogantes,
E jactanciosos estarão esses obreiros do mal?”
(Sl 93, 3-4)
[1] - Refiro-me aqui estritamente ao nome dado pelo programa em questão e não a uma igreja Normalista real da qual desconheço a existência.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Pensamento avulso IV
As utopias, modernas, diga-se de passagem, nada mais são do que os frutos da própria ideia moderna de objetivação do mundo pelo homem, o que leva Marx a dizer que não cabe ao filósofo somente a tarefa de compreender o mundo, mas modificá-lo. Tal modificação não é simplesmente no sentido mais restrito do horizonte ético imediato, mas o de fortalecimento ou engajamento na Revolução. O ideal moderno é imodesto e pretensioso não pretendendo transformar somente a ação humana, mas toda a realidade.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Acerca da crise moral (cont.)
sábado, 6 de agosto de 2011
Acerca da crise moral
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Pensamento avulso III
Sobre o fim do ensino da gramática:
Quando o nível de ignorância de uma nação chega a tal ponto, a situação torna-se mais que preocupante, torna-se patológica. Confundir-se um instrumento de possibilidades com uma algema beira a loucura, loucura de não distinguir bem as coisas, o real do irreal, o certo do errado... (pretendo seguir a reflexão num texto mais detalhado).
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Sobre a tolerância
Sobre a tolerância (texto extraído do discurso proferido na câmara municipal de Pedro Leopoldo):
Segundo o dicionário Houaiss tolerância significa: “ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência, tendência a admitir, nos outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes ou mesmo diametralmente opostas às adotadas por si mesmo”. A tolerância consiste dessa forma no reconhecimento da fragilidade não apenas dos outros, mas também nossa. A partir desse reconhecimento é possível conceder ao outro e a nós mesmos um espaço de perdão e diálogo.
Jesus Cristo como é relatado no Evangelho é tolerante com as pessoas, perdoa os seus pecados, entretanto, essa tolerância não se estende ao erro, em relação ao pecado e às atitudes errôneas Jesus é extremamente intolerante. Uma passagem que ilustra bem o que quero dizer é o conhecido trecho bíblico da mulher adúltera (Jo 8, 1-11). Nela Jesus demonstra que não veio para julgar e condenar, mas para acolher e perdoar, nos ensinando a fazer o mesmo. Os escribas e fariseus, com o coração cheio de malícia procuravam testar a Jesus colocando-o numa situação difícil se Ele dissesse que não a apedrejassem estaria indo contra a lei, se aceitasse que a apedrejassem estaria indo contra sua pregação. Jesus inteligentemente percebendo a intenção deles fica em silêncio a princípio, rabiscando no chão, com a insistência, que muitas vezes é a nossa, Jesus nos dá uma grande lição, derrubando fórmulas de puritanismo vazio: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” (Jo 8, 7).
Os escribas e fariseus tiveram a atitude que muitas vezes temos em relação às outras pessoas queremos exercer o papel de acusadores, juízes e carrascos, mas nos esquecemos que também somos pecadores. A tolerância demonstrada por Jesus se manifesta àquela mulher e a todos nós, mas é necessário um compromisso firme de não mais pecar, a tolerância exige em contrapartida renúncia e firmeza de caráter daquele que é acolhido.
A tolerância vivida por Jesus se funda na misericórdia, mas ao contrário do que muita gente pensa, não é uma aceitação total e irrestrita de tudo o que se possa fazer. Antes da tolerância vem o amor, e é a partir do amor que temos a tarefa de corrigir o erro para desta forma nos tornamos verdadeiramente tolerantes e não insensatos que dizem sim ao pecado, com a justificativa de serem tolerantes. Tal atitude não se configura como tolerância e sim permissividade.
Em sua obra Ética a Nicômaco Aristóteles destaca que a virtude é alcançada como meio termo, ou seja, para ser virtuoso é necessário encontrar um equilíbrio entre os extremos. Citamos um exemplo do próprio livro que cita a mansidão uma virtude moral que se encontra entre a ira e “simplicidade”. Esse meio termo não advém da aritmética e da própria situação vivida, em questões éticas não deve se generalizar, a partir de princípios gerais deve se partir para cada caso, tendo como “operador” da medida a phrónesis (sabedoria prática). Como tolerância também significa “diferença ou margem de erro admissível em relação a uma medida ou a um padrão”, deve nesse sentido estar equilibrada nem tanto a mais nem tanto a menos em relação ao que é necessário para que possamos fazê-la procedente do amor.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
A tradição dos presépios
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Comunicado
Saúde e Paz!
Dado o excesso de obrigações acadêmicas no último mês não pude me dedicar como queria ao blog. Com essa jornada praticamente terminada posso dedicar um pouco mais ao blog. Espero que os textos sejam úteis a todos que acessarem o blog.
Ad Maiorem Dei Gloriam
Lino Batista
Pensamento avulso II
A mentira deve estar sempre rodeada de algumas verdades (“meias verdades”), pois do contrário seria facilmente percebida. Graças a tal sutileza a mentira funciona...
Deve ser por isso que se gasta tanto em marketing para encobrir mentiras com algumas verdades. Mas, observando bem, devido à inversão de valores hodiernos, quem nos garante que essas “verdades” são assim tão verdadeiras. Ou quem sabe no fim das contas as pessoas prefiram acreditar em mentiras tornadas verdades, para evitarem o incômodo de combatê-las...?!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Quando o conluio político supera a justiça
No meu último texto, “Política no Brasil: alguém duvida que a vaca foi para o brejo?”, refleti um pouco sobre os descaminhos da política brasileira e o que não faltam são exemplos desse mal que nos atinge. O caso mais recente foi a libertação do ASSASSINO Cesare Battisti (chamá-lo de “ativista” não passaria de um eufemismo). Contra todas as evidências e o julgamento legal ao qual ele foi submetido na Itália o então presidente do Brasil, Lula, decidiu não extraditá-lo o que culminou em sua libertação ontem por decisão do STF. É interessante observar que tal não foi a sorte dos pugilistas cubanos que não contaram com a bondade lulista (cf. http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/03/02/lula-nao-falou-com-pugilistas-cubanos-diz-planalto-754650084.asp).
Sem ir aos detalhes do caso, o que já foi feito em muitos espaços na internet, gostaria de analisar o jogo político envolvido, já que a discussão feita em relação à libertação de Battisti tem girado não em torno à correção ou não do ato da libertação, mas aos interesses políticos envolvidos. Dessa forma se relativiza a gravidade do crime e se absolutiza os motivos ideológicos que conduzem a ele.
A tendência de se politizar os crimes com a eterna desculpa de que crimes também são cometidos pela direita é uma estratégia antiga da “esquerda”. E aqui não venho defender crimes cometidos pelos membros da “direita”, afinal ambos desconsideram em maior ou menor grau o reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas quero nesses escritos dizer que para além dos conluios políticos existe a verdade e para defendê-la existe a justiça, ou pelo menos deveria ser assim.
A questão não poderia se pautar na oposição política entre direita e esquerda, mesmo que tenha relevância a discussão, pois não importa se alguém é da direita ou da esquerda, de cima ou de baixo, se é jovem ou se é idoso, se é rico ou se é pobre, nesses casos importa mais a justiça, uma vez que alguém cometeu um crime deve ser punido por isso de acordo com a lei. Podemos questionar a isenção do processo perpetrado contra Battisti ou mesmo da lei, mas a ninguém cabe estar acima desta, a não ser que impelido por uma lei superior, o que não era o caso. A única justificativa possível é que a ideologia comunista professada por ele e por Lula emitiu uma lei suprema corroborando o terrorismo, o que tornaria o assassinato moralmente defensável. Infelizmente isso aconteceu e a lei suprema que rege o Brasil é a mesma que rege a vigarice e a mentira e que culminaram no assassinato covarde não apenas das quatro vítimas de Battisti, mas dos milhões de vítimas justificadas por tal ideologia. Tristes tempos estes nos quais somos obrigados a viver...
Lino Batista 10/06/11
Texto em resposta aos comentários do seguinte site: http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/battisti-e-os-conceitos-de-justica/
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Política no Brasil: alguém duvida que a vaca foi para o brejo?
terça-feira, 24 de maio de 2011
Pensamento avulso I
A humildade intelectual cristã se ancora na noção mesma do Mistério. Pensamos temporalmente e nos inserimos no tempo, por isso, nossa razão por si só é incapaz de acessar a Verdade, o que não significa que Ela não exista, afinal ela é o próprio Cristo: “Jesus respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim’.” (Jo 14,6.)
A filosofia moderna e contemporânea tendo como medida apenas o homem não consegue conceber isso, logo relativiza tudo e nega a Verdade. A ideia de tempo é aí paradigmática: como pode um ser temporal reter o que é intemporal? Somente a fé possibilita isso e quando a fé é relegada o homem perde sua oportunidade de se desvencilhar do tempo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Mentirinha básica que nos ensinam na escola
Deve-se dizer que a diversidade de razões no conhecer determina a diversidade das ciências. Tanto o astrônomo como o físico chegam à mesma conclusão: a terra é redonda. Mas o primeiro se utiliza de um raciocínio matemático, que prescinde da matéria; ao passo que o físico por um raciocínio que tem em conta a matéria. (TOMÁS, 2001, p.139)
Quem já não ouviu de um professor, já não leu num jornal, ou soube de alguma outra fonte que a Igreja é obscurantista e, portanto, inimiga da ciência. Pois é, um dia também eu ouvi e acreditei nesse tipo de besteira que virou "dogma" com o avanço do Iluminismo. E nesse rol de histórias mentirosas e absurdas está a de que a Igreja afirmava categoricamente que a terra não era redonda (sic.). Entre as inúmeras provas de que isso não era verdade cito acima um trecho da, “Suma Teológica”, de Santo Tomás de Aquino um dos mais importantes, senão o maior, dos filósofos católicos.
Cabe ressaltar que S. Tomás de Aquino viveu em pleno século XIII, apogeu da Idade Média onde as universidades correspondiam a tal designação. São pensadores desse período: S. Alberto Magno, S. Boaventura, Roger Bacon e Roberto Grosseteste. O alto nível das discussões de tais pensadores supera e muito, vários dos debates que se realizam em nossas universidades atuais.
Se tivéssemos pesquisadores mais sérios e comprometidos com os fatos que estudam e não com as ideologias que “professam”, talvez menos lixo intelectual fosse produzido no país e a verdade pudesse prevalecer...
Referência bibliográfica:
TOMÁS, de Aquino, Santo. Suma teológica: teologia, Deus, trindade: volume 1: parte 1: questões 1-43. 2.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
Indicações:
CHESTERTON, G. K. S. Tomás de Aquino. 3.ed. Braga: Cruz, 1957. 271p. (Colecção Critério ; 3).
LIMA VAZ, Henrique C. de, SJ. Escritos de filosofia VII: Raízes da modernidade. São Paulo: Loyola, 2002. 291p. (Filosofia; 55).
Lino Batista 20/05/11
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Impossibilidade lógica do perspectivismo
Um dos pilares do relativismo é a “tese” perspectivista que defende não haver uma visão unívoca sobre a realidade e que todas as perspectivas são igualmente válidas. Tal formulação pode ser resumida na seguinte frase: “todo ponto de vista é a vista de um ponto”. A contraposição que faço aqui é em relação à falha lógica do perspectivismo, tomando como analogia o paradoxo do mentiroso podemos falar de um paradoxo do perspectivista. Tomemos, pois, a formulação do paradoxo do mentiroso.
Se alguém faz a afirmativa, “Eu só digo mentiras”, verifica-se um problema, já que a verdade dessa assertiva é auto contraditória pois se o sujeito só diz mentiras não pode pronunciar nenhuma verdade como a frase que pronunciou e se for mentira tal assertiva ao menos uma verdade ele pronuncia, já que a negação do universal afirmativo implica pelo menos a afirmação do particular negativo “em algum momento eu não digo mentiras”.
A menção ao paradoxo do mentiroso é apenas ilustrativa para o que pretendo desenvolver que é, a saber, a constituição do paradoxo do perspectivista: Suponhamos que exista uma perspectiva P1, de acordo com a tese ela é tão válida como qualquer outra, inclusive com sua perspectiva contrária. Imaginemos que a perspectiva P1 diga que o mundo vai acabar em 2012 e que a perspectiva P2 diga que o mundo nunca vai se acabar. Oras se uma tiver correta a outra é incorreta, logo a tese perspectivista não se sustenta.
Obs.: Uma possível contraposição ao que digo pode passar pela distinção entre verdade e validade, mas como uma reflexão inicial isto é o bastante.
Lino Batista 17/05/11