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domingo, 8 de novembro de 2015

Pensamento avulso XX

Direto ao assunto: socialismo e marxismo, principalmente de tendência marxista, são absolutamente incompatíveis com a doutrina e a pessoa de N. S. Jesus Cristo. Incompatibilidade lógica e ontológica de tal forma que se um lado da oposição estiver correto o outro estará necessariamente incorreto. De um lado está a afirmação de que a redenção se encontra na própria história (no mundo) de outro a afirmação de que o reino definitivo não está neste mundo. Só uma teologia decadente como a TdL (teologia da libertação) poderia ferir de forma tão absurda a fé e a razão ao tentar compatibilizar o incompatível

sábado, 7 de novembro de 2015

O Leviatã: Parte I

Escutei outro dia a entrevista de um médico já experiente que havia trabalhado em cargo de direção em dois grandes hospitais de Belo Horizonte, um público e outro privado. O primeiro atualmente está literalmente caindo aos pedaços enquanto o segundo tem crescido e melhorado a qualidade. Seria esse médico um profissional de sucesso pela manhã e um incompetente a tarde? Poderia também citar o caso de professores que trabalham simultaneamente em escolas públicas e privadas. Seriam também esses professores competentes num horário e incompetentes em outro? Os exemplos apesar de suas especificidades indicam o mesmo problema: a má gestão da coisa pública. Muitas pessoas permanecem à revelia do que vemos na realidade defensores do estatismo. Apoiadas por grande parte do “intelectuais” brasileiros essas pessoas não conseguem pensar a vida fora dos limites do Estado (Leviatã). Dizer, por exemplo, que saúde e educação não devem ser exclusividade do Estado soam a essas pessoas como um sacrilégio. As questões que permanecem são: por que tratar os males do Estado com mais Estado? Por que não se pensar em outras alternativas viáveis à realidade brasileira?


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Pensamento avulso XIX

Notícia do dia: “Combustível para automóveis tem aumento de até 10% no preço”
Comentário do Militonto:
  • Problemas! O pobre não anda de carro mesmo, isso é coisa de burguês.
Mas, Militonto o principal meio de transporte para o escoamento de mercadorias no Brasil é o rodoviário que utiliza justamente esse combustível. Será que isso não será repassado de alguma forma ao pobre que pode até não “andar” de carro, mas se alimenta da comida transportada por ele?

domingo, 13 de setembro de 2015

Indústria da multa?

O problema das leis é tema recorrente neste blog (para mais detalhes conferir aqui e aqui). Pois bem, retorno ao tema após um fato ocorrido há aproximadamente três meses. Antes, porém, de retratar o caso gostaria de iterar a função de uma lei recorrendo à sabedoria cristã sobre o assunto esclarecida pelo próprio Jesus Cristo:

“E dizia-lhes: ‘O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado[...]’” (S. Marcos 2, 27)
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem, contudo deixar o restante.” (S. Mateus 23, 23)

Essas palavras iluminam a questão não sendo, por isso, necessário recorrer a extensas teorias jurídicas ou intricadas especulações de filosofia moral. Percebe-se, partindo do exemplo evangélico, que a lei não é fim em si mesma, mas algo que visa garantir ou proteger um fim verdadeiro, logo não é um princípio isolado da ação humana estando por sua vez subordinada a instâncias superiores tomando aqui de empréstimo o vocabulário jurídico. Em outros tempos dizer isso seria “chover no molhado”, mas hoje é preciso reiterar essa característica da lei frente à dissolução de valores e conceitos até então basilares para as sociedades ocidentais.
Tais considerações nos ajudam a compreender a situação que presenciei e que mencionei brevemente acima. Minha esposa e eu havíamos indo ao centro de Belo Horizonte num domingo de manhã e enquanto eu estacionava o carro ela foi para a feira onde nos encontraríamos. Na véspera a BHTRANS, empresa responsável pelo trânsito na cidade, havia feito diversas modificações no trânsito da área central confundindo as pessoas. Pois bem, minha esposa que estava grávida quase foi atropelada por ciclistas e skatistas praticamente ao lado de um agente de trânsito que tentava sozinho e em vão organizar o fluxo de veículos. O fato que me indignou nessa circunstância foi que enquanto um agente apenas tentava organizar o trânsito eu via outros dois agentes acompanhados por policiais rebocando carros estacionados em local proibido, pois só era permitido parar.
Retomo aqui a reflexão sobre a função de uma lei, não com o objetivo de questionar a legitimidade das autuações aplicadas pelos os agentes que multavam os donos dos veículos estacionados irregularmente, mas com o intuito de questionar se o real objetivo dos agentes da BHTRANS é proteger as pessoas no trânsito ou não. Atitudes como a que acabo de citar colocam em xeque as prioridades do Estado, representado pelos agentes em questão, bem como dão razão à existência de termos como “indústria da multa” e “arrecadação extra” que são mui justamente atribuídos a agências como a BHTRANS. Cai por terra também aquele papo furado de que a “ideia não é multar, mas educar”. Isso porque o discurso é um e a prática é outra e quem não percebe isso ou é muito inocente ou age de má fé.
Está claro no Brasil que a lei é manipulada conforme a vontade dos agentes públicos e a imensidão da máquina pública movida a burocracia joga com a lei. Dessa forma ela não serve ao bem público que deveria ser o seu objetivo, bem como o da política, mas conforme as conveniências de determinados setores que controlam a máquina estatal. Surge então fenômenos como a da indústria da multa que se baseando inicialmente em algo bom acaba servindo à prática do mal porque inverte a ordem das coisas e dos valores. Voltamos então ao questionamento de Jesus se a lei está servindo realmente ao homem.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Pensamento avulso XVIII

A maior parte dos magnânimos analistas políticos que se indignam hoje com o problema dos refugiados do Oriente Médio e da África são os mesmos que ficaram em polvorosa com a "Primavera Árabe" há uns três anos atrás. O que esses "jênius" não conseguem compreender é o nexo causal entre a dita primavera e o caso atual dos refugiados. Eu que sou quase uma ameba intelectual consigo compreender isso, mas tais analistas que são bem formados, muito bem pagos e que deveriam saber não conseguem compreender. Resta saber o motivo de não saberem se é ignorância pura e simples ou se é má vontade proposital. Eu apostaria numa mistura dos dois provocada pelo orgulho de quem não sabe reconhecer seus próprios erros.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Coisas da elite...

Como típico representante da elite branca paulista fui fazer compra num supermercado de bairro perto de onde moro aqui em BH (região do bairro S. Gabriel) e fiquei penalizado. Comprei poucos legumes e um pouco de carne e a pequena compra semanal ficou no equivalente a 10% do salário mínimo, mas não foi isso que me consternou. Na fila para pedir ao açougueiro havia um senhora na minha frente dizendo que só estava comendo frango e que queria variar um pouco na hora de fazer a marmita do filho. A coitada quase caiu para trás quando o açougueiro disse o preço da carne bovina e ela com simplicidade tirou duas notas amassadas da bolsa e pediu bifes de carne suína que dessem até completar o pouco valor que ela tinha. Começamos então a analisar como a inflação tem acometido as classes mais pobres, a senhora, o açougueiro e eu todos representando a elite opressora que inventa esse papo de crise para desestabilizar o governo. Como diz um humorista cá pra essas bandas: "é muidíficiu"...

terça-feira, 19 de maio de 2015

Espero em breve se os afazeres cotidianos permitirem tecer um comentário aprofundado sobre esta frase:

sábado, 18 de abril de 2015

Pensamento avulso XVII

Confesso que por alguns instantes fiquei convencido de que os esquerdistas de que tenho notícias e que conheço pessoalmente são contrários à intervenção militar por amor à democracia, mas me lembrei de que esses esquerdistas são os mesmos que defendem ferozmente as ditaduras militaristas em Cuba e na Coréia do Norte, bem como os rompantes totalitários de Maduro. Então num instante ainda mais breve voltei à razão e suspirei para mim mesmo: “Sabe de nada inocente!”.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pensamento avulso XVI

Indo para o trabalho ligo o rádio a esmo e escuto uma “formadora de opinião” dizer que o movimento contrário ao desarmamento só existe por causa da pressão econômica da indústria de armas. Esse tipo de fala demonstra a total incapacidade que alguns grupos têm de conceder aos outros pelo menos o benefício da dúvida. Esse é um fenômeno comum nos debates brasileiros, principalmente entre os militantes de esquerda que querem reduzir a posição dos adversários a motivações egoísticas. No entanto, ao fazer isso – monopolizando a virtude – só estão enganando a si mesmos e aos que caem desavisadamente em seus engodos. Ao fazer isso eles estão apenas usando as próprias réguas para medirem os outros.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Uma breve análise da última manifestação pró-Brasil livre

O menor número de manifestantes ontem não deve desanimar os que lutam contra a política maléfica que infesta o país. Vejo nesse menor número não uma menor adesão à luta, mas a manifestação de um desejo imediatista de mudanças. Alguns pensaram: “Fui manifestar dia 15 e nada adiantou”. No entanto, ao contrário do que essas pessoas pensam adiantou sim. O PT e seus aliados tiveram que acelerar planos, como a reforma política sem que esse projeto tivesse amadurecido e isso pode ser um tiro no próprio pé. 

sábado, 14 de março de 2015

Conceitos Filosóficos e principais filósofos pré-socráticos

Conceitos Filosóficos e principais filósofos pré-socráticos

Tendo em vista auxiliar as pesquisas de meus alunos apresento a seguir a definição de alguns importantes conceitos filosóficos que permeiam as pesquisas dos filósofos desde o início da Filosofia. Em seguida apresento um quadro com alguns aforismos dos primeiros filósofos:

   Conceitos;

Ainda que possuíssem claras diferenças em relação às concepções relativas aos elementos primordiais ou mesmo à maneira como o universo se ordena, os pré-socráticos (fisiólogos) compartilhavam a adoção dos conceitos, citados abaixo, em suas investigações filosóficas. A busca pelo elemento primordial e pelo princípio ordenador da natureza, bem como a utilização da razão constituem esses conceitos comuns a eles.
a) Logos (fundamento): este termo designa a razão, mas num sentido mais amplo do que usamos hoje. Através da razão é possível se propor questões sobre o funcionamento do mundo sem recorrer necessariamente a histórias sobrenaturais. Utiliza-se um processo metódico e racional, ou seja, um pensamento ordenado para conhecer o mundo.
b) Arché: significa literalmente princípio. Os primeiros filósofos buscavam a arché, ou seja, a origem do que observamos na natureza, o seu elemento primordial;
c) Cosmos: termo que significa ordem. Para os gregos todo universo faz parte de uma estrutura ordenada. Os primeiros filósofos buscavam justamente compreender esta estrutura;
d) Physis: significa natureza, mas não do modo como entendemos atualmente. Está relacionada aos processos naturais como geração e corrupção dos corpos, ou seja, seus movimentos.

Filósofos pré-socráticos;

Filósofo
Elemento primordial/Princípio ordenador
Fragmentos
Tales de Mileto (625-558 a.C.)

Água
“... a água é o princípio de todas as coisas...”.
“... todas as coisas estão cheias de deuses...”.
Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.)
Ápeiron
(O Ilimitado)
“... o ilimitado é eterno...”
“... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”
Anaxímenes de Mileto (588-525 a.C.)
Ar
“... do ar dizia que nascem todas as coisas existentes, as que foram e as que serão, os deuses e as coisas divinas...”
Xenófanes de Cólofon (570-528 a.C.)
Terra
“... tudo sai da terra e tudo volta à terra...”
“... tudo o que nasce e cresce é terra e água..."
Heráclito de Éfeso (540-476 a.C.)

Fogo
“... tudo flui...”
“... Tudo se faz por contraste; da luta dos contrários nasce a mais bela harmonia...”
“... descemos e não descemos nos mesmos rios; somos e não somos...”
Pitágoras de Samos (571-496 a. C.)
Número
“... o princípio das matemáticas é o princípio de todas as coisas.."
Parmênides de Eléia (530-460 a.C.)


“... pois pensar e ser é o mesmo...”
“... o ser é, e o nada, ao contrário, nada é...”
“... resta-nos assim um único caminho: o ser é...”
Empédocles de Agrigento (490-435 a.C.)

Quatro elementos:
Terra, fogo, terra e ar.
“... duas coisas quero dizer; às vezes, do múltiplo cresce o uno para um único ser; outras, ao contrário, divide-se o uno na multiplicidade..”
Anaxágoras de Clazomena (500-428 a.C.)
Homeomerias (sementes invisíveis)
“ ... Todas as coisas estavam juntas, ilimitadas em número e pequenez, pois o pequeno era ilimitado...”
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)
Átomos (partículas indivisíveis)
“...os homens fizeram do acaso uma imagem
como pretexto para a sua própria imprudência...”