Direto
ao assunto: socialismo e marxismo, principalmente de tendência
marxista, são absolutamente incompatíveis com a doutrina e a pessoa
de N. S. Jesus Cristo. Incompatibilidade lógica e ontológica de tal
forma que se um lado da oposição estiver correto o outro estará
necessariamente incorreto. De um lado está a afirmação de que a
redenção se encontra na própria história (no mundo) de outro a
afirmação de que o reino definitivo não está neste mundo. Só uma
teologia decadente como a TdL (teologia da libertação) poderia
ferir de forma tão absurda a fé e a razão ao tentar compatibilizar
o incompatível
Em busca de sabedoria em tempos de relativismo professo. Talvez um pouco de classicismo seja necessário, um retorno aos paradigmas perdidos... Procuro dessa forma momentos de lucidez para além de razões e desrazões extremadas. Neste blog coloco à vossa disposição textos de minha autoria nos quais como católico apostólico romano busco alcançar sabedoria verdadeira. Com a graça de Deus poderei combater o bom combate contra a mentira que reina quase absoluta hodiernamente. ¡VIVA CRISTO REY!
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domingo, 8 de novembro de 2015
sábado, 7 de novembro de 2015
O Leviatã: Parte I
Escutei outro dia a entrevista de um médico já
experiente que havia trabalhado em cargo de direção em dois grandes
hospitais de Belo Horizonte, um público e outro privado. O primeiro
atualmente está literalmente caindo aos pedaços enquanto o segundo
tem crescido e melhorado a qualidade. Seria esse médico um
profissional de sucesso pela manhã e um incompetente a tarde?
Poderia também citar o caso de professores que trabalham
simultaneamente em escolas públicas e privadas. Seriam também esses
professores competentes num horário e incompetentes em outro? Os
exemplos apesar de suas especificidades indicam o mesmo problema: a
má gestão da coisa pública. Muitas pessoas permanecem à revelia
do que vemos na realidade defensores do estatismo. Apoiadas por
grande parte do “intelectuais” brasileiros essas pessoas não
conseguem pensar a vida fora dos limites do Estado (Leviatã). Dizer,
por exemplo, que saúde e educação não devem ser exclusividade do
Estado soam a essas pessoas como um sacrilégio. As questões que
permanecem são: por que tratar os males do Estado com mais Estado?
Por que não se pensar em outras alternativas viáveis à realidade
brasileira?
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Pensamento avulso XIX
Notícia
do dia: “Combustível para automóveis tem aumento de até 10% no
preço”
Comentário
do Militonto:
- Problemas! O pobre não anda de carro mesmo, isso é coisa de burguês.
Mas,
Militonto o principal meio de transporte para o escoamento de
mercadorias no Brasil é o rodoviário que utiliza justamente esse
combustível. Será que isso não será repassado de alguma forma ao
pobre que pode até não “andar” de carro, mas se alimenta da
comida transportada por ele?
domingo, 13 de setembro de 2015
Indústria da multa?
O
problema das leis é tema recorrente neste blog (para mais detalhes conferir aqui e aqui).
Pois bem, retorno ao tema após um fato ocorrido há aproximadamente três meses.
Antes, porém, de retratar o caso gostaria de iterar a função de uma lei
recorrendo à sabedoria cristã sobre o assunto esclarecida pelo próprio Jesus
Cristo:
“E dizia-lhes: ‘O sábado foi feito para o homem, e não
o homem para o sábado[...]’” (S. Marcos 2, 27)
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais
importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era
preciso praticar em primeiro lugar, sem, contudo deixar o restante.” (S. Mateus 23, 23)
Essas
palavras iluminam a questão não sendo, por isso, necessário recorrer a extensas
teorias jurídicas ou intricadas especulações de filosofia moral. Percebe-se,
partindo do exemplo evangélico, que a lei não é fim em si mesma, mas algo que
visa garantir ou proteger um fim verdadeiro, logo não é um princípio isolado da
ação humana estando por sua vez subordinada a instâncias superiores tomando
aqui de empréstimo o vocabulário jurídico. Em outros tempos dizer isso seria
“chover no molhado”, mas hoje é preciso reiterar essa característica da lei
frente à dissolução de valores e conceitos até então basilares para as
sociedades ocidentais.
Tais
considerações nos ajudam a compreender a situação que presenciei e que
mencionei brevemente acima. Minha esposa e eu havíamos indo ao centro de Belo
Horizonte num domingo de manhã e enquanto eu estacionava o carro ela foi para a
feira onde nos encontraríamos. Na véspera a BHTRANS, empresa responsável pelo
trânsito na cidade, havia feito diversas modificações no trânsito da área
central confundindo as pessoas. Pois bem, minha esposa que estava grávida quase
foi atropelada por ciclistas e skatistas praticamente ao lado de um agente de
trânsito que tentava sozinho e em vão organizar o fluxo de veículos. O fato que
me indignou nessa circunstância foi que enquanto um agente apenas tentava
organizar o trânsito eu via outros dois agentes acompanhados por policiais
rebocando carros estacionados em local proibido, pois só era permitido parar.
Retomo
aqui a reflexão sobre a função de uma lei, não com o objetivo de questionar a
legitimidade das autuações aplicadas pelos os agentes que multavam os donos dos
veículos estacionados irregularmente, mas com o intuito de questionar se o real
objetivo dos agentes da BHTRANS é proteger as pessoas no trânsito ou não.
Atitudes como a que acabo de citar colocam em xeque as prioridades do Estado,
representado pelos agentes em questão, bem como dão razão à existência de
termos como “indústria da multa” e “arrecadação extra” que são mui justamente
atribuídos a agências como a BHTRANS. Cai por terra também aquele papo furado
de que a “ideia não é multar, mas educar”. Isso porque o discurso é um e a
prática é outra e quem não percebe isso ou é muito inocente ou age de má fé.
Está
claro no Brasil que a lei é manipulada conforme a vontade dos agentes públicos
e a imensidão da máquina pública movida a burocracia joga com a lei. Dessa
forma ela não serve ao bem público que deveria ser o seu objetivo, bem como o
da política, mas conforme as conveniências de determinados setores que
controlam a máquina estatal. Surge então fenômenos como a da indústria da multa
que se baseando inicialmente em algo bom acaba servindo à prática do mal porque
inverte a ordem das coisas e dos valores. Voltamos então ao questionamento de
Jesus se a lei está servindo realmente ao homem.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Pensamento avulso XVIII
A maior parte dos magnânimos analistas políticos que se
indignam hoje com o problema dos refugiados do Oriente Médio e da África são os
mesmos que ficaram em polvorosa com a "Primavera Árabe" há uns três
anos atrás. O que esses "jênius" não conseguem compreender é o nexo
causal entre a dita primavera e o caso atual dos refugiados. Eu que sou quase
uma ameba intelectual consigo compreender isso, mas tais analistas que são bem
formados, muito bem pagos e que deveriam saber não conseguem compreender. Resta
saber o motivo de não saberem se é ignorância pura e simples ou se é má vontade
proposital. Eu apostaria numa mistura dos dois provocada pelo orgulho de quem
não sabe reconhecer seus próprios erros.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Coisas da elite...
Como típico representante da elite branca paulista fui fazer compra num supermercado de bairro perto de onde moro aqui em BH (região do bairro S. Gabriel) e fiquei penalizado. Comprei poucos legumes e um pouco de carne e a pequena compra semanal ficou no equivalente a 10% do salário mínimo, mas não foi isso que me consternou. Na fila para pedir ao açougueiro havia um senhora na minha frente dizendo que só estava comendo frango e que queria variar um pouco na hora de fazer a marmita do filho. A coitada quase caiu para trás quando o açougueiro disse o preço da carne bovina e ela com simplicidade tirou duas notas amassadas da bolsa e pediu bifes de carne suína que dessem até completar o pouco valor que ela tinha. Começamos então a analisar como a inflação tem acometido as classes mais pobres, a senhora, o açougueiro e eu todos representando a elite opressora que inventa esse papo de crise para desestabilizar o governo. Como diz um humorista cá pra essas bandas: "é muidíficiu"...
terça-feira, 19 de maio de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
Pensamento avulso XVII
Confesso que por alguns instantes fiquei convencido de que os
esquerdistas de que tenho notícias e que conheço pessoalmente são contrários à intervenção
militar por amor à democracia, mas me lembrei de que esses esquerdistas são os
mesmos que defendem ferozmente as ditaduras militaristas em Cuba e na Coréia do
Norte, bem como os rompantes totalitários de Maduro. Então num instante ainda
mais breve voltei à razão e suspirei para mim mesmo: “Sabe de nada inocente!”.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Pensamento avulso XVI
Indo para o trabalho ligo o rádio a esmo e escuto uma “formadora
de opinião” dizer que o movimento contrário ao desarmamento só existe por causa
da pressão econômica da indústria de armas. Esse tipo de fala demonstra a total
incapacidade que alguns grupos têm de conceder aos outros pelo menos o
benefício da dúvida. Esse é um fenômeno comum nos debates brasileiros,
principalmente entre os militantes de esquerda que querem reduzir a posição dos
adversários a motivações egoísticas. No entanto, ao fazer isso – monopolizando a
virtude – só estão enganando a si mesmos e aos que caem desavisadamente em seus
engodos. Ao fazer isso eles estão apenas usando as próprias réguas para medirem
os outros.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Uma breve análise da última manifestação pró-Brasil livre
O menor número de
manifestantes ontem não deve desanimar os que lutam contra a política maléfica
que infesta o país. Vejo nesse menor número não uma menor adesão à luta, mas a
manifestação de um desejo imediatista de mudanças. Alguns pensaram: “Fui
manifestar dia 15 e nada adiantou”. No entanto, ao contrário do que essas
pessoas pensam adiantou sim. O PT e seus aliados tiveram que acelerar planos,
como a reforma política sem que esse projeto tivesse amadurecido e isso pode
ser um tiro no próprio pé.
sábado, 14 de março de 2015
Conceitos Filosóficos e principais filósofos pré-socráticos
Conceitos
Filosóficos e principais filósofos pré-socráticos
Tendo em vista auxiliar as
pesquisas de meus alunos apresento a seguir a definição de alguns importantes
conceitos filosóficos que permeiam as pesquisas dos filósofos desde o início da
Filosofia. Em seguida apresento um quadro com alguns aforismos dos primeiros
filósofos:
Conceitos;
Ainda que possuíssem claras
diferenças em relação às concepções relativas aos elementos primordiais ou
mesmo à maneira como o universo se ordena, os pré-socráticos (fisiólogos) compartilhavam a adoção dos
conceitos, citados abaixo, em suas investigações filosóficas. A busca pelo
elemento primordial e pelo princípio ordenador da natureza, bem como a
utilização da razão constituem esses conceitos comuns a eles.
a) Logos (fundamento): este termo designa a razão, mas num sentido
mais amplo do que usamos hoje. Através da razão é possível se propor questões
sobre o funcionamento do mundo sem recorrer necessariamente a histórias
sobrenaturais. Utiliza-se um processo metódico e racional, ou seja, um
pensamento ordenado para conhecer o mundo.
b) Arché: significa literalmente princípio. Os primeiros filósofos
buscavam a arché, ou seja, a origem do que observamos na natureza, o seu
elemento primordial;
c) Cosmos: termo que significa ordem. Para os gregos todo universo faz
parte de uma estrutura ordenada. Os primeiros filósofos buscavam justamente
compreender esta estrutura;
d) Physis: significa natureza, mas não do modo como entendemos
atualmente. Está relacionada aos processos naturais como geração e corrupção
dos corpos, ou seja, seus movimentos.
Filósofos
pré-socráticos;
Filósofo
|
Elemento primordial/Princípio
ordenador
|
Fragmentos
|
Tales
de Mileto (625-558 a.C.)
|
Água
|
“... a água é o princípio de todas as
coisas...”.
“... todas as coisas estão cheias de
deuses...”.
|
Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.)
|
Ápeiron
(O Ilimitado)
|
“... o ilimitado é eterno...”
“... o ilimitado é imortal e
indissolúvel...”
|
Anaxímenes de Mileto
(588-525 a.C.)
|
Ar
|
“... do ar dizia que nascem todas as
coisas existentes, as que foram e as que serão, os deuses e as coisas
divinas...”
|
Xenófanes de Cólofon (570-528 a.C.)
|
Terra
|
“... tudo sai da terra e tudo volta à
terra...”
“... tudo o que nasce e cresce é terra
e água..."
|
Heráclito de Éfeso (540-476 a.C.)
|
Fogo
|
“... tudo flui...”
“... Tudo se faz por contraste; da
luta dos contrários nasce a mais bela harmonia...”
“... descemos e não descemos nos
mesmos rios; somos e não somos...”
|
Pitágoras de Samos (571-496
a. C.)
|
Número
|
“... o princípio
das matemáticas é o princípio de todas as coisas.."
|
Parmênides de Eléia (530-460 a.C.)
|
“... pois pensar e ser é o mesmo...”
“... o ser é, e o nada, ao contrário,
nada é...”
“... resta-nos assim um único caminho:
o ser é...”
|
|
Empédocles de Agrigento (490-435 a.C.)
|
Quatro elementos:
Terra, fogo, terra e ar.
|
“... duas coisas quero dizer; às
vezes, do múltiplo cresce o uno para um único ser; outras, ao contrário, divide-se
o uno na multiplicidade..”
|
Anaxágoras de Clazomena (500-428 a.C.)
|
Homeomerias (sementes invisíveis)
|
“ ... Todas as coisas estavam juntas,
ilimitadas em número e pequenez, pois o pequeno era ilimitado...”
|
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)
|
Átomos (partículas indivisíveis)
|
“...os homens fizeram do acaso uma
imagem
como pretexto para a sua própria imprudência...”
|
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