Com estas belas e sábias
palavras do santo Pe. Pio de Pietrelcina inicio este texto com tal sentimento
de vazio que jamais havia sentido. Faz sete dias que minha mãe partia para a
casa do Pai e a saudade é tanta como disse um professor meu, que parece que me
foram arrancadas as raízes. Raízes que foram o sustento em tantos momentos de
dificuldade, raízes que firmaram o desejo de praticar a justiça e cultivar a
bondade.
Certamente minha mãe
tinha seus defeitos, como todos nós temos, mas estes parecem agora ínfimos se
ponderarmos suas ações e o que ela deixa de legado. Tomo comigo então as
palavras de Jesus Cristo: “Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá
maus frutos.” (Mt 7, 17). Certamente Clélia, filha de Deus pelo batismo, era
uma árvore frondosa repleta de bons frutos de caridade silenciosa, de dedicação
à família e amor a tudo que fazia. Percebi e continuo percebendo os seus frutos
quando vejo o quanto seus alunos evoluíram e mais do que isso o quanto a amavam
com inocência e simplicidade.
Tenho certeza que o
sofrimento por sua perda se ameniza com a certeza de que agora ela se encontra
ao lado de nossa Mãe Aparecida e goza em seus braços maternos na presença de
Deus, da recompensa eterna. E quanto a nós que aqui permanecemos resta o
agradecimento infinito e a missão de continuar seguindo seu exemplo de fé
madura sem floreios desnecessários.
Minha mamãe, muito
obrigado por fazer de mim um homem de verdade!
Lino Batista
Belo
Horizonte, 11 de abril de 2013