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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Sobre educação III


Há um erro antropológico fundamental em se pensar que a educação formal molda o caráter das pessoas e que resolverá de vez o problema da violência. Esquecem-se que o ser humano tem potencialidade tanto para realizar o bem quanto o mal, por isso, mecanismos de defesa contra o mal não estão em oposição ao ato de educar, logo armas e educação não se contradizem. A educação pode até diminuir os crimes com armas brancas e de fogo, mas por outro lado pode aumentar ações tão cruéis quanto a explosão de uma bomba atômica ou de armas químicas ou alguém discorda que os criadores destas não sejam ignorantes, “deseducados”?

domingo, 16 de setembro de 2018

Crime e ideologia


Exigir de um criminoso contumaz que observe os princípios morais é a mesma coisa que dizer pra chuva sair do chão pra nuvem. Essa realidade é cada vez mais evidente e os criminosos parecem ter perdido o último senso moral que existia e era exigido entre os próprios bandidos. 
Está na "moda" entre os criminosos furtar e roubar centros de saúde o que seria inimaginável entre os criminosos "raiz".
Além da torpeza do ato de abusar de pessoas doentes há um grande componente de burrice já que a família ou próprio criminoso poderiam necessitar dos serviços do hospital.
O problema nisso tudo, como diz o já batido ditado não é a maldade do crime, mas o silêncio dos "bons" e os ativistas que insistem em dizer que todo crime é famélico, diminuindo assim a responsabilidade individual pelo ato criminoso. 
Mais do que o crime é esse tipo de ideologia que nos mata dia a dia como nação.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Não é apenas o Museu Nacional


Parte da população brasileira acordou hoje entristecida, e com razão, pelo ocorrido no Museu Nacional. No entanto, esse acidente ao que parece evitável foi só mais um reflexo do descaso de, infelizmente, grande parcela da população brasileira. 
O desprezo pelo patrimônio histórico não é exclusividade do poder público, mas um traço característico do Brasil contemporâneo.
O acidente chocou e as chamas arderão por muito tempo na memória, mas a mim choca mais os casos de desdém que presenciei em Pedro Leopoldo, minha cidade natal. Se no incêndio do Museu Nacional paira a dúvida se houve deliberação, a derrubada do marco inicial da cidade de Pedro Leopoldo, a Fábrica de Tecidos, consentida pelo judiciário, não nos deixa dúvidas do pragmatismo tacanho que nos governa. Poderia citar também algumas casas e casarões demolidos como a da esquina da av. Comendador Antônio Alves com R. Francisco Azevedo, mas deixemos registrado o caso da Fábrica em que o patrimônio dilapidado o foi oficialmente com anuência do poder público e hoje, o que restou convive em desarmonia com uma garagem de ônibus.
Triste Brasil!