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sábado, 15 de dezembro de 2018

Pensamento avulso XXXIV

O que separa a sabedoria cristã das ideologias políticas modernas como o fascismo, o nazismo, o socialismo, o comunismo e o liberalismo não é uma concepção meramente econômica. É uma concepção antropológica e diria ainda mais: ontológica. Jesus, o Bom Pastor nos chama pelo nome e nos conduz, já tais ideologias nos têm como números inscritos num cadastro qualquer ou como mais uma de várias engrenagens ou células de uma classe, sociedade ou raça. Perder de vista a compreensão de que o ser humano é chamado a um grau elevadíssimo de dignidade como filho de Deus para reduzi-lo a um ser político ou econômico é o que faz com que muitos cristãos caiam no conto da sereia de tais ideologias modernistas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A urna eletrônica e o admirável mundo novo do STF

Outro artigo analisando as peripécias do STF:
"A ideia do voto impresso por sua vez busca uma maior transparência e segurança na apuração dos votos evitando a 'abstração' de uma eleição puramente eletrônica." (https://www.dvox.co/single-post/2018/10/22/A-urna-eletronica-e-o-admiravel-mundo-novo-do-STF

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ainda sobre o admirável mundo novo do STF

Segue link de mais um artigo publicado no periódico D'Vox.
"[...] Além dessa decisão inconstitucional pesou no ano seguinte outra decisão, aparentemente nos limites da lei que, no entanto, evidenciou uma percepção “interpretativa” bem alheia ao papel que a Carta Magna outorga ao Judiciário."

https://www.dvox.co/single-post/2018/10/12/Ainda-sobre-o-admiravel-mundo-novo-do-STF 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Pensamento avulso XXXIII


Um dos jargões, que excede a dimensão política, é o "não julgueis". Certamente não estou falando das palavras de Cristo que foram bem claras, mas no uso maléfico que atualmente se faz delas. Como outros jargões a questão é mais atingir as emoções e angariar simpatias do que estabelecer uma relação com a realidade e consequentemente com a verdade. Usa-se tais palavras para justificar más práticas, afinal quem somos nós para julgar? Usa-se como argumento em debates, pois quem é você para julgar o que tenho a dizer? Dessa forma, uma admoestação cristã passa a funcionar como passe livre para se fazer qualquer coisa, inverte-se a lógica original para se defender o relativismo e assim alcançar justamente o contrário da proposta de N. S. Jesus Cristo que é, a saber, aproximar-nos de Deus. 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Sobre educação III


Há um erro antropológico fundamental em se pensar que a educação formal molda o caráter das pessoas e que resolverá de vez o problema da violência. Esquecem-se que o ser humano tem potencialidade tanto para realizar o bem quanto o mal, por isso, mecanismos de defesa contra o mal não estão em oposição ao ato de educar, logo armas e educação não se contradizem. A educação pode até diminuir os crimes com armas brancas e de fogo, mas por outro lado pode aumentar ações tão cruéis quanto a explosão de uma bomba atômica ou de armas químicas ou alguém discorda que os criadores destas não sejam ignorantes, “deseducados”?

domingo, 16 de setembro de 2018

Crime e ideologia


Exigir de um criminoso contumaz que observe os princípios morais é a mesma coisa que dizer pra chuva sair do chão pra nuvem. Essa realidade é cada vez mais evidente e os criminosos parecem ter perdido o último senso moral que existia e era exigido entre os próprios bandidos. 
Está na "moda" entre os criminosos furtar e roubar centros de saúde o que seria inimaginável entre os criminosos "raiz".
Além da torpeza do ato de abusar de pessoas doentes há um grande componente de burrice já que a família ou próprio criminoso poderiam necessitar dos serviços do hospital.
O problema nisso tudo, como diz o já batido ditado não é a maldade do crime, mas o silêncio dos "bons" e os ativistas que insistem em dizer que todo crime é famélico, diminuindo assim a responsabilidade individual pelo ato criminoso. 
Mais do que o crime é esse tipo de ideologia que nos mata dia a dia como nação.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Não é apenas o Museu Nacional


Parte da população brasileira acordou hoje entristecida, e com razão, pelo ocorrido no Museu Nacional. No entanto, esse acidente ao que parece evitável foi só mais um reflexo do descaso de, infelizmente, grande parcela da população brasileira. 
O desprezo pelo patrimônio histórico não é exclusividade do poder público, mas um traço característico do Brasil contemporâneo.
O acidente chocou e as chamas arderão por muito tempo na memória, mas a mim choca mais os casos de desdém que presenciei em Pedro Leopoldo, minha cidade natal. Se no incêndio do Museu Nacional paira a dúvida se houve deliberação, a derrubada do marco inicial da cidade de Pedro Leopoldo, a Fábrica de Tecidos, consentida pelo judiciário, não nos deixa dúvidas do pragmatismo tacanho que nos governa. Poderia citar também algumas casas e casarões demolidos como a da esquina da av. Comendador Antônio Alves com R. Francisco Azevedo, mas deixemos registrado o caso da Fábrica em que o patrimônio dilapidado o foi oficialmente com anuência do poder público e hoje, o que restou convive em desarmonia com uma garagem de ônibus.
Triste Brasil!

terça-feira, 31 de julho de 2018

O admirável mundo novo do STF

Segue link de mais um artigo publicado no periódico D'Vox.

"[...] O problema é que a usurpação da tarefa legislativa não vem de modo explícito ou violento, o modus operandi é outro, é mais sutil e permeado de um eufemismo que na verdade nada mais é do que o uso indevido da hermenêutica, onde [...]"

https://www.dvox.co/single-post/2018/07/30/O-admiravel-mundo-novo-do-STF

terça-feira, 17 de julho de 2018

Pensamento avulso XXXII


O ateu de facebook é em geral um jovem inteligente e se destaca na escola. Aparentemente conhece de ciência e se julga bom argumentador. No entanto, o nível máximo de refutação que ele consegue alcançar é a avó do grupo de oração que mal sabe escrever o nome ou a “tia” da merenda da escola que se despede dele com um “vai com Deus”, enquanto ele pensa em seu íntimo: “Que dona ignorante!”


quinta-feira, 31 de maio de 2018

Corpus Christi

Trecho da sequência da missa de Corpus Christi composta por Santo Thomás de Aquino:

"Bone pastor, panis vere;
Jesu, nostri miserére:
Tu nos pasce, nos tuére:
Tu nos bona fac videré
In terra vivéntium."


"Ó Bom pastor, verdadeiro pão vivo, Jesus, tende compaixão de nós! Alimentai-nos, defendei-nos; revelai-nos os verdadeiros bens na terra onde não se morre."

Pintura de Juan del Castillo, pintor barroco.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Pensamento avulso XXXI


A princípio quando comecei a estudar Filosofia não compreendia de fato a condenação de Platão à democracia, mas lá se vão mais de 10 anos e hoje não posso deixar de entender e concordar com Platão. E olha que ele não chegou a ver essa loucura chamada democracia liberal!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Sobre educação II


Como professor que sou não posso deixar de fazer algumas observações cotidianas sobre o ensino em geral. Nesse sentido, pretendo compartilhar no blog certas impressões sobre educação, carentes talvez de sistematicidade, mas que refletem uma visão prática do assunto. Iniciei ontem, portando uma série de postagens intitulada “Sobre educação”.
A segunda observação consiste na observação de que muitas escolas têm se preocupado demasiadamente em vencer conteúdos ao longo de etapas bem determinadas e inflexíveis. Certamente a educação exige organização e prazos, no entanto, o mero acúmulo de informações não garante boa formação, pois mais do que possuir informações é preciso assimilá-las e correlacioná-las a outras informações gerando verdadeiro conhecimento.
Sabendo disso, seria preciso repensar o modelo dando prioridade não à quantidade de conteúdos aprendido, mas à qualidade dos mesmos. Melhor seria que um conteúdo básico fosse bem aprendido e assimilado do que muito conteúdo fosse transmitido com pouca ou nenhuma assimilação efetiva. Um mínimo de ensino bem transmitido é bem mais eficaz, pois oferece ao aluno ferramentas que possibilitem a ele avançar com mais segurança, conhecimento e em alguns casos de maneira autônoma.

domingo, 27 de maio de 2018

A quem interessar possa:

Artigo que escrevi e que foi publicado no início do ano pelo periódico "Diário Digital VOX (https://www.dvox.co/single-post/2018/01/16/A-lingua-%C3%A9-patrimonio-do-povo-n%C3%A3o-do-Estado-nem-dos-lobbies-de-g%C3%A9nero)

Sobre educação I


Another brick in the wall”: Depois de algum tempo sem escutar essa que é uma das maiores canções do Pink Floyd ouvi por acaso uma rádio a executá-la. No momento em questão estava eu pensando uma coisa ou outra sobre educação e me sobreveio o seguinte pensamento: o ideal e a prática revolucionária vêm há mais de século revendo e redirecionando o ensino e a educação contra um modelo chamado vagamente de tradicional, pois esse estaria tolhendo a criatividade humana e escravizando as mentes. No entanto, no afã de desconstruir o modelo tradicional é impressionante como cada vez mais as escolas vêm tolhendo a criatividade e controlando as mentes. Parece até uma tragédia grega em que quanto mais você tenta fugir do destino mais ele lhe bate à porta.

sábado, 19 de maio de 2018

Pensamento avulso XXX


Quando vejo a esquerda atual (a “lacradora”) e suas pautas culturais e políticas tendo a concordar com Nietzsche quando ele fala sobre moral do ressentimento e sobre moral do rebanho. Vejam o caso abaixo para entenderem um pouco:
 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Pensamento avulso XXIX


A era da petulância: é impressionante observar como cantores com músicas de qualidade vocabular e poética inferior a de estudantes de jardim de infância dão entrevistas com ares de intelectuais cujo trabalho engendra um novo mundo repleto de inteligência e beleza sem igual. Esse pessoal não consegue nem fazer sua arte com qualidade, pois só sabem sobre bundas e "pegação", mas se acham capazes de apresentar as soluções políticas, religiosas, filosóficas e sociais para todos os problemas do mundo.

Sábado Santo de 2018

A celebração da vigília pascal é das mais belas na liturgia da Igreja. A benção do fogo novo ainda em meio às trevas nos faz lembrar os antigos cristãos em meio às catacumbas e representa o mundo sem a luz de Cristo. Ao chegar ao interior da Igreja com o círio aceso, a luz de Cristo que ilumina as velas (a fé) de cada fiel nos comove. 
Já dentro da Igreja as leituras fazem um memorial do nosso credo. Desde o relato da criação passando pelos patriarcas e profetas tudo aponta para Um que é o Cristo. As orações e os cânticos testemunham essa realidade que é a Redenção. Quando no Glória jubiloso e triunfante as luzes se acendem parece-nos que o próprio céu se une a nós em uníssono a louvar e agradecer tão maravilhosa e gigantesca graça que nos foi dada.
O evangelho retrata as mulheres que encontram o túmulo vazio e o anjo tão belo a noticiar a boa nova da ressureição que nos dá alento e esperança de que com Jesus nosso redentor possamos também nós ressuscitar um dia.
Prossegue-se a missa em tom solene e sublime, a manifestação do mais puro amor que nasce do sacrifício, mas que nele não termina, pois a cruz enfim vencida tornou-se símbolo de vitória e esperança, o preço pego pela dor. Os gestos, orações e benção, em harmonia prefiguram o paraíso.
No fim, eu humilde pecador, em ação de graças pude agradecer a benção de viver a páscoa. Ainda que indigno, o próprio Deus se entregou por mim. Sem merecimento de minha parte, mas por amor. Resta então a gratidão e a responsabilidade de manifestar a todos quanto eu possa a grandiosidade desse amor.
Feliz e Santa Páscoa a todos!

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

"Um erro não justifica o outro"


Tem sido costumeiro, até em meio a intelectuais de renome, utilizar os crimes de políticos brasileiros como base de avaliação ética de ações que vão desde furar a fila da padaria à cometer um assalto. Comparativamente parece ser tudo a mesma coisa. Nesse sentido, não ter noção de proporcionalidade parece ser o mote do momento.
Em meio a esse clima de falta de critério e de razoabilidade me deparo, já há alguns meses, com a frase abaixo pichada no muro de um condomínio próximo à UFMG. Decidi então publicar algo sobre a "obra de arte". 
O sujeito que pichou o muro utiliza um critério moral tortuoso para justificar sua pichação, afinal o que é um rabisco em meio a tanto roubo, não é mesmo?
Ele deve ter dado tanto ouvido a esses intelectuais da moralidade que resolveu levar a cabo as justificativas deles e consequentemente a ausência de critérios morais sólidos. Mas como diz aquele velho ditado "um erro não justifica o outro" e o fato de haver roubos em excesso no país não dá o direito de utilizar de um bem de outro dessa maneira sem a sua aprovação. Isso é o básico do básico em qualquer civilização, no entanto a geração "lacradora" não consegue compreender isso, pois é a arte do pichador e o coitado, não pode ser "censurado". Talvez até gere um trauma...
Enquanto tal mentalidade predominar e se espalhar entre os jovens estaremos cada vez mais distantes de estabelecer relações mínimas de respeito que garantam a paz social. A questão aqui não é equiparar o pichação com outros crimes, caso contrário estaria caindo no mesmo erro que aponto, mas tão somente mostrar que as justificativas morais para a sua prática, se estendidas a outras esferas podem impossibilitar a existência mesma de uma sociedade com um mínimo de ordem e respeito ao próximo.