Em busca de sabedoria em tempos de relativismo professo. Talvez um pouco de classicismo seja necessário, um retorno aos paradigmas perdidos... Procuro dessa forma momentos de lucidez para além de razões e desrazões extremadas. Neste blog coloco à vossa disposição textos de minha autoria nos quais como católico apostólico romano busco alcançar sabedoria verdadeira. Com a graça de Deus poderei combater o bom combate contra a mentira que reina quase absoluta hodiernamente. ¡VIVA CRISTO REY!
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
Política no Brasil: alguém duvida que a vaca foi para o brejo?
terça-feira, 24 de maio de 2011
Pensamento avulso I
A humildade intelectual cristã se ancora na noção mesma do Mistério. Pensamos temporalmente e nos inserimos no tempo, por isso, nossa razão por si só é incapaz de acessar a Verdade, o que não significa que Ela não exista, afinal ela é o próprio Cristo: “Jesus respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim’.” (Jo 14,6.)
A filosofia moderna e contemporânea tendo como medida apenas o homem não consegue conceber isso, logo relativiza tudo e nega a Verdade. A ideia de tempo é aí paradigmática: como pode um ser temporal reter o que é intemporal? Somente a fé possibilita isso e quando a fé é relegada o homem perde sua oportunidade de se desvencilhar do tempo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Mentirinha básica que nos ensinam na escola
Deve-se dizer que a diversidade de razões no conhecer determina a diversidade das ciências. Tanto o astrônomo como o físico chegam à mesma conclusão: a terra é redonda. Mas o primeiro se utiliza de um raciocínio matemático, que prescinde da matéria; ao passo que o físico por um raciocínio que tem em conta a matéria. (TOMÁS, 2001, p.139)
Quem já não ouviu de um professor, já não leu num jornal, ou soube de alguma outra fonte que a Igreja é obscurantista e, portanto, inimiga da ciência. Pois é, um dia também eu ouvi e acreditei nesse tipo de besteira que virou "dogma" com o avanço do Iluminismo. E nesse rol de histórias mentirosas e absurdas está a de que a Igreja afirmava categoricamente que a terra não era redonda (sic.). Entre as inúmeras provas de que isso não era verdade cito acima um trecho da, “Suma Teológica”, de Santo Tomás de Aquino um dos mais importantes, senão o maior, dos filósofos católicos.
Cabe ressaltar que S. Tomás de Aquino viveu em pleno século XIII, apogeu da Idade Média onde as universidades correspondiam a tal designação. São pensadores desse período: S. Alberto Magno, S. Boaventura, Roger Bacon e Roberto Grosseteste. O alto nível das discussões de tais pensadores supera e muito, vários dos debates que se realizam em nossas universidades atuais.
Se tivéssemos pesquisadores mais sérios e comprometidos com os fatos que estudam e não com as ideologias que “professam”, talvez menos lixo intelectual fosse produzido no país e a verdade pudesse prevalecer...
Referência bibliográfica:
TOMÁS, de Aquino, Santo. Suma teológica: teologia, Deus, trindade: volume 1: parte 1: questões 1-43. 2.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
Indicações:
CHESTERTON, G. K. S. Tomás de Aquino. 3.ed. Braga: Cruz, 1957. 271p. (Colecção Critério ; 3).
LIMA VAZ, Henrique C. de, SJ. Escritos de filosofia VII: Raízes da modernidade. São Paulo: Loyola, 2002. 291p. (Filosofia; 55).
Lino Batista 20/05/11
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Impossibilidade lógica do perspectivismo
Um dos pilares do relativismo é a “tese” perspectivista que defende não haver uma visão unívoca sobre a realidade e que todas as perspectivas são igualmente válidas. Tal formulação pode ser resumida na seguinte frase: “todo ponto de vista é a vista de um ponto”. A contraposição que faço aqui é em relação à falha lógica do perspectivismo, tomando como analogia o paradoxo do mentiroso podemos falar de um paradoxo do perspectivista. Tomemos, pois, a formulação do paradoxo do mentiroso.
Se alguém faz a afirmativa, “Eu só digo mentiras”, verifica-se um problema, já que a verdade dessa assertiva é auto contraditória pois se o sujeito só diz mentiras não pode pronunciar nenhuma verdade como a frase que pronunciou e se for mentira tal assertiva ao menos uma verdade ele pronuncia, já que a negação do universal afirmativo implica pelo menos a afirmação do particular negativo “em algum momento eu não digo mentiras”.
A menção ao paradoxo do mentiroso é apenas ilustrativa para o que pretendo desenvolver que é, a saber, a constituição do paradoxo do perspectivista: Suponhamos que exista uma perspectiva P1, de acordo com a tese ela é tão válida como qualquer outra, inclusive com sua perspectiva contrária. Imaginemos que a perspectiva P1 diga que o mundo vai acabar em 2012 e que a perspectiva P2 diga que o mundo nunca vai se acabar. Oras se uma tiver correta a outra é incorreta, logo a tese perspectivista não se sustenta.
Obs.: Uma possível contraposição ao que digo pode passar pela distinção entre verdade e validade, mas como uma reflexão inicial isto é o bastante.
Lino Batista 17/05/11
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Começando
Saúde e Paz!
Nesta primeira postagem gostaria de deixá-los a par de alguns dos meus anseios e objetivos em relação a este blog. Primeiramente ele surge como uma forma de contraponto à cultura contemporânea que deslumbrada com seu poderio tecnológico e dominada por uma excessiva arrogância, não poucas vezes se esquece do passado e paradoxalmente esquece a si mesma enquanto inserida na história da humanidade e devedora de outras épocas. Partindo dessa constatação e como resposta ao que o papa Bento XVI chama de “ditadura do relativismo” viso buscar nos textos clássicos de Filosofia, Teologia, Literatura entre outros, elementos para compreender um pouco desse fenômeno e tentar superá-lo em algumas de suas vertentes mais daninhas vão desde o emotivismo¹ ao reducionismo tecnocientífico.
A tendência aos extremos mais absurdos e o baixo nível dos debates que não se restringe ao grande público, mas alcança a academia também é objeto da minha reflexão. O que me espanta nisso tudo é desfaçatez com a qual grande parte dos formadores de opinião deste país espalham mentiras como se fossem verdades absolutas e contribuem enormemente para a imbecialização do povo.
De antemão afirmo que não compactuo com o politicamente correto, pois com Aristóteles acredito que a amizade não se sobrepõe à verdade muito menos as convenções e interesses de determinado grupo por mais que os convencionalistas digam o contrário. Espero que esse trabalho seja do agrado de Deus e sirva para a elevação cultural e espiritual das pessoas que acessarem este blog.
1- Emotivismo aqui se refere à tendência associada a movimentos pentecostais que desprezam a razão caindo num sentimentalismo ingênuo.
Ad Maiorem Dei Gloriam
Lino Batista, 09/05/2011.