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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quando o conluio político supera a justiça

No meu último texto, “Política no Brasil: alguém duvida que a vaca foi para o brejo?”, refleti um pouco sobre os descaminhos da política brasileira e o que não faltam são exemplos desse mal que nos atinge. O caso mais recente foi a libertação do ASSASSINO Cesare Battisti (chamá-lo de “ativista” não passaria de um eufemismo). Contra todas as evidências e o julgamento legal ao qual ele foi submetido na Itália o então presidente do Brasil, Lula, decidiu não extraditá-lo o que culminou em sua libertação ontem por decisão do STF. É interessante observar que tal não foi a sorte dos pugilistas cubanos que não contaram com a bondade lulista (cf. http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/03/02/lula-nao-falou-com-pugilistas-cubanos-diz-planalto-754650084.asp).

Sem ir aos detalhes do caso, o que já foi feito em muitos espaços na internet, gostaria de analisar o jogo político envolvido, já que a discussão feita em relação à libertação de Battisti tem girado não em torno à correção ou não do ato da libertação, mas aos interesses políticos envolvidos. Dessa forma se relativiza a gravidade do crime e se absolutiza os motivos ideológicos que conduzem a ele.

A tendência de se politizar os crimes com a eterna desculpa de que crimes também são cometidos pela direita é uma estratégia antiga da “esquerda”. E aqui não venho defender crimes cometidos pelos membros da “direita”, afinal ambos desconsideram em maior ou menor grau o reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas quero nesses escritos dizer que para além dos conluios políticos existe a verdade e para defendê-la existe a justiça, ou pelo menos deveria ser assim.

A questão não poderia se pautar na oposição política entre direita e esquerda, mesmo que tenha relevância a discussão, pois não importa se alguém é da direita ou da esquerda, de cima ou de baixo, se é jovem ou se é idoso, se é rico ou se é pobre, nesses casos importa mais a justiça, uma vez que alguém cometeu um crime deve ser punido por isso de acordo com a lei. Podemos questionar a isenção do processo perpetrado contra Battisti ou mesmo da lei, mas a ninguém cabe estar acima desta, a não ser que impelido por uma lei superior, o que não era o caso. A única justificativa possível é que a ideologia comunista professada por ele e por Lula emitiu uma lei suprema corroborando o terrorismo, o que tornaria o assassinato moralmente defensável. Infelizmente isso aconteceu e a lei suprema que rege o Brasil é a mesma que rege a vigarice e a mentira e que culminaram no assassinato covarde não apenas das quatro vítimas de Battisti, mas dos milhões de vítimas justificadas por tal ideologia. Tristes tempos estes nos quais somos obrigados a viver...

Lino Batista 10/06/11

Texto em resposta aos comentários do seguinte site: http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/battisti-e-os-conceitos-de-justica/

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