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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Acerca da crise moral (cont.)

Por isso, só tem sentido se preservar valores cristãos se, se preserva o cristianismo que os plenifica. Dessa forma ao se desconsiderar Deus e seus mandamentos se enfraquece a proposta de ação e, portanto, a ética que lhe é subjacente. Toda ética ou sistema ético como nos comprova a história da filosofia está inserida num conjunto mais amplo que a fundamenta, metafísica, teoria do conhecimento, estética associadas à ética formam este conjunto. Isso configura uma visão da realidade, uma compreensão de mundo que possibilita determinada ética. A ação (práxis) de um cristão não foge a esta regra, pois ao agir livremente de acordo com os valores propostos por sua fé e conseguinte moral, o cristão cumpre preceitos advindos de uma visão teocêntrica, ou seja, Deus fundamento e fim último do seu próprio ser deve ser alcançado pela fé e obras piedosas. O valor de uma ação não se limita assim ao que é agradável ao sujeito, ela está ordenada a Deus que legitima a intenção e a ação.
Sabendo disso vemos a fragilidade em se tentar recuperar valores sem se recuperar junto a estrutura que a sustenta e lhe pressupõe. Em uma próxima postagem detalharei com exemplos como não tem dado certo as iniciativas que visam retomar os valores perdidos sem a correspondente visão de mundo e de humanidade.

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