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quarta-feira, 28 de junho de 2023

Sem João, sem Cristo

 

Em verdade vos digo: entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. (S. Mateus 11,11)

 

No último dia 24 de junho comemoramos a festa do único homem que mereceu ouvir as palavras acima diretamente da boca de Nosso Senhor Jesus Cristo: São João Batista. Além disso, o último dos profetas, a “voz que clama no deserto” era parente de Jesus Cristo e ainda no ventre materno deu seu testemunho da salvação que se aproximava. As sagradas escrituras nos dão testemunho da importância desse grande santo, sim santo, pois que obediente a tal ponto de ter sofrido o martírio por sua pregação da Verdade, sendo exemplo acabado do cumprimento dos mandamentos evangélicos.

Outro ponto importante a se destacar na vida de S. João Batista foi a sua missão como aquele que deveria preparar a vinda de Nosso Senhor por meio da pregação, da penitência e do batismo, que viria a ser aperfeiçoado e transformado em sacramento por Jesus Cristo, que lhe deu a forma antes de ascender aos céus. Diante esse quadro não é exagero dizer que “sem João, sem Cristo”, pois assim mesmo quis a Santíssima Trindade que por Sua vontade tem o ser humano como causa segunda através da qual age no mundo. E não pequena foi a ação de S. João Batista como precursor do Verbo Encarnado.

Partindo dessas considerações não há como não se indignar com a anedota maliciosa que transformou a festa de são João em festa de “sem João”. Malícia essa fruto do ódio ao uso católico de reverenciar a memória daqueles que o próprio Deus escolheu e que como diz a própria Escritura, fizeram coisas ainda maiores do que o próprio Nosso Senhor, pois recorreram ao Seu santo nome. Se não querem reconhecer essa realidade que ao menos não depreciem a memória do “maior entre os filhos das mulheres”.

Outro problema, que dá margem a essa visão maliciosa, advém dos próprios católicos que dão mau exemplo e depõem contra a memória do santo, apesar de utilizarem outro expediente, a saber, mundanizando e transformando a festa de S. João num ritual pagão. Esquecem-se que S. João foi mártir da pureza ao defender a honra do matrimônio, pureza essa escarnecida pelas músicas extremamente sensuais e apelativas que predominam em muitos festivais Brasil afora.

Para romper com essas duas práticas, uma puritana e pretenciosa e outra licenciosa e irreverente devemos buscar viver um S. João com festas dignamente católicas sem esquecer que o santo antes de tudo era um penitente que foi se apagando para que Cristo aparecesse. Eis sua virtude que faz com que ele hoje seja lembrado. Que como S. João Batista também nos apaguemos para que o nome de Cristo seja exaltado!

 

Viva São João!

  

 

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