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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Base aliada ou base conluiada



Começo este texto com a seguinte questão: quem em sã consciência se submeteria a uma cirurgia cardíaca operada por um calouro em medicina ou pior, operada por alguém que conheça medicina como Tiririca conhece a gramática da língua portuguesa ou a  atribuição de um deputado?
Pois bem, parece que o governo brasileiro não anda muito são. Verifica-se um claro jogo político[1] e amadorismo crasso nas escolhas de cargos importantes. Cargos que não deveriam ser setorizados por partidos, mas sim preenchidos por pessoas competentes para realizar as tarefas cabíveis a cada um deles. Os critérios para as escolhas deveriam ser exigentes e compostos por fatores como experiência comprovada, carreira ilibada e capacidade técnica, diferentemente das indicações arbitrárias de partidos interesseiros. A configuração atual apenas demonstra a preocupação “bairrista” e mesquinha que busca satisfazer egos e relações promíscuas deixando de lado o bem estar do país. Preocupa-me sobremaneira a estratégia propagandista que possibilita o seguinte paradoxo: a maior parte dos brasileiros não acredita nos políticos, mas os índices de aprovação do ex-presidente Lula e da atual Dilma são altos.
As notícias e os comentários na grande mídia tratam as demissões de cinco ministros em nove meses como uma faxina da presidente que se esforça para conter a corrupção. Até agora ninguém teve coragem de apontar a presidente como culpada também, afinal foi ela quem assinou as nomeações e foi eleita para isso. O medo da imprensa chega a dar pena. Eles não têm coragem de desafiar a opinião pública e as "estatísticas" e questionar mais veementemente a presidente porque ela tem feito escolhas tão ruins e porque tem cedido tanto ao jogo dos partidos. Como ela, e Lula antes dela, têm a extrema capacidade de não saberem de nada é um mistério tão grande quanto o do ET de Varginha e nos faz pensar se não é hora de trocar não os ministros do governo, mas o oftalmologista que cuida da saúde das vistas dos presidentes.



[1] - Pode parecer ao leitor desavisado que demonizo a política, mas minha intenção não é esta. Trato o termo político no sentido clássico e, por isso, considero-a como dimensão importante do ser humano tido por Aristóteles como zoon politikon, ou seja, animal (ser vivente) político.

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